quinta-feira, 10 de julho de 2008

Ensaio Sobre Sexo Anal - Parte I

Estava aqui conjecturando sobre o sexo anal. Sempre tive essa fascinação pela bunda, e ao descobrir que nela havia um buraquinho penetrável, fiquei vidrado na idéia. Tanto que antes de perder a virgindade, TODAS as minhas fantasias sexuais eram com sexo anal. Foi só depois de conhecer os prazeres da penetração vaginal que passei a dar importância ao sexo convencional.

Não sei por qual razão fiquei assim. Freud pode explicar como uma fixação na fase anal, mas neste ponto acho que ele foi meio superficial e moralista, o que contextualizo pela época em que nasceu.

Será que foi o fato de eu ter crescido nos anos 80, e a TV estar pululando de imagens de bundas? Pode ser. A reabertura pós-ditadura foi vendida para o Brasil como a liberação não da liberdade de expressão e pluralismo político, mas, quase que essencialmente como a liberação da sexualidade, censurada nos anos de chumbo. Daí que em todos os lugares estava estampado o corpo feminino, e a preferência nacional, a bunda.

Não acho que o só fato da bunda ser a preferência nacional tenha me levado inevitavelmente ao sexo anal. Mas sem dúvida facilitou muito esta opção pela avalanche de estímulos que eu recebi naqueles dias.

Musa do bumbum dos anos 80: Enoli Lara mostrando como mexia com a cabeça do brasileiro.

Na minha cabeça a bunda é a coisa mais bonita e desejável que tem numa mulher. É redonda, firme, arrebitada, se divide em dois gomos, tem um buraquinho. Pode ser penetrada pelos dedos, língua, brinquedos e pode ser "simplesmente" fodida. Pode ser beijada, acariciada, lambida, mordida e estapeada. Ou seja, é incrivelmente mais versátil que a vagina e que os seios, no que diz respeito às opções de sacanagem.

E mais: é indissociavelmente uma modalidade de sexo que envolve dominação e submissão. O fato de haver uma leve dor no começo e um desconforto até para as praticantes habituadas, que é superado pelo prazer da manipulação/penetração, gera uma aura psicológica de dominação que excita quem comanda e excita que sem expõe, quem se submete. E essa dominação no sexo eu acho extremamente excitante, e sem dúvida responde por uma boa parte da atração que o sexo anal gera em mim.

Acontece que tudo isso que eu disse eu sempre pensei, discuti com as pessoas, e formei um raciocínio de explicação e justificação pra mim.

Mas tem mais umas dimensões do sexo anal nas quais pensei estes dias, e que queria expôr pras cinco pessoas que acompanham este blog.

Na 2a parte deste texto vou desenvolver melhor o assunto.

4 comentários:

Unknown disse...

Aqui em San Francisco eu fui numa sex shop muito famosa, chamada Good Vibrations. Uma das coisas que me intrigou foi que ele vendem uns modelos de pinto de borracha "meia-bomba", grosso, mas apontando para baixo. Você que é sabido nessas coisas, me responda: para que serve isso?

Felipe Madureira disse...

bicho!, Enoli Lara marcou muita minha sexualidade juvenil ao ler uma capa da extinta revista Manchete especial de carnaval onde a mesma relatava:
"FUI CURRADA NA AVENIDA"
e nessa materia ela desenvolvia toda a excitação pela qual passou nessa sessão de sexo grupal na apoteose.
Isso me garantiu imaginação por anos a fio!!
Outra q tb me marcou foi Adele Fatima, fazendo campanha pra vereadora num Documento Especial da vida, onde ela andava pelas ruas do Rio, envolta em uma toalhinha chacholhando a raba enquanto cantava, lalalalala vote Adele Fá-ti-ma!

Xplastic disse...

O pior eh que a bunda eh legal, todo mundo gosta e todo mundo mostra, como se a bunda por si soh fosse suficiente. Mas quem olha a bunda deseja o cu, deseja se aproximar do intestino o maximo possivel. Mas hipocritas que somos, nos contentamos com o "bum bum". Ou fingimos nos contentar. A bunda eh a versão mais ligh e aceitavel da escatologia.

Anônimo disse...

Escatologias a parte, a bunda que muita mulher acha que é um presente para os homens que merecem, é um convite à submissão.
Meu marido fala que quando ele come meu cuzinho eu gemo fininho, diferente. Ainda sinto dor, mas adoro me sentir assim, sentir dor e prazer tudo junto.
viva a bunda!